Resultado ficou acima da média nacional, que cresceu 16,53% no período
Em outubro, a procura por seguro de veículos cresceu 22,33% em Minas Gerais em relação ao mesmo período do ano passado. No mercado nacional, a demanda registrou aumento de 16,53% durante outubro na comparação com o mesmo mês de 2022. Em relação a setembro, a alta nacional foi de 3,68%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS).
Após Minas, São Paulo (+15,15%), Paraná (+14,41%), Rio Grande do Sul (+13,08%) e Rio de Janeiro (+10,45%) completam o top 5 de maior crescimento no mês em relação a outubro de 2022. O crescimento nos seguros está atrelado à melhora no ambiente econômico e a tendência é que ele continue, motivado pela queda contínua da taxa de juros.
O head comercial de Seguros da Neurotech, Daniel Gusson, há uma relação direta entre a demanda por seguros com o emplacamento de carros novos. Se o volume de vendas de veículos 0km está alto, a venda de seguros acompanha este movimento.
Com o início do ciclo de quedas da taxa de juros pelo Banco Central (BC), a tendência, no médio prazo, é que o crescimento se mantenha. “A redução da taxa de juros também tem uma relação direta com a venda de veículos 0km, com isso também com a venda de seguro. Porque no seguro, a maior parte da concentração é em veículo de zero a cinco anos. São veículos novos que têm a maior contratação de seguro”, disse Gusson.
Estabilidade nos preços de seguros de veículos
Para o executivo da Neurotech, os preços dos seguros provavelmente não vão continuar a subir. “O mercado está melhorando o resultado de sinistro. Para explicar a conta, é a soma de todos os sinistros pagos, de todo o valor que se paga por uma companhia, dividido por todo o prêmio recolhido. Aí chegamos na sinistralidade, que é a maior ponta do prêmio do seguro, que paga o sinistro de todo mundo, e pega 65% do preço do seguro. Como essa conta está caindo, ele não precisa repassar isso para todos. O mercado consegue manter ou até mesmo reduzir. Há um movimento agora para os próximos anos de manter esse resultado de estabilidade do preço do seguro”, comenta.
Desafios do segmento
Gusson conta que um grande desafio do setor de seguros automotivo manter o crescimento é a cobertura da maior parte dos motoristas. Segundo ele, somente 30% da frota que circula na rua tem seguro. “O desafio é conquistar esses 70% (que não tem seguro). Tem tanta gente sensível para o mercado, primeiro desafio da seguradora é conseguir expandir o seguro para quem não tem, que é a maior parte das pessoas do Brasil”, disse.
Busca por idade
De acordo com o INDS, motoristas na faixa etária dos 18 a 25 anos são os que menos procuram por um seguro, com uma retração de 12,35% em relação ao ano passado. Outras faixas registraram crescimentos: de 25 a 39 anos (+12,38%) e 40 a 59 anos (+18,75%). O público com 60 anos ou mais é o que tem maior interesse, com um crescimento de 21,83%.
Daniel explica que as seguradoras devem caminhar para oferecer um produto mais simplificado, que seja atrativo para a maior parte dos motoristas, que não buscam um produto mais completo. “Um exemplo, a pessoa só anda no final de semana com o carro, para viajar. Será que é possível ter um seguro só de final de semana?”, reflete Gusson. Ele ainda considera que é preciso que os corretores de seguro cheguem em lugares que hoje não tenham participação para expandir a prestação do serviço.
Fuente: Diario do Comercio
Enlace: https://diariodocomercio.com.br/financas/demanda-seguros-veiculos-cresce-minas/#gref
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