O seguro pode ser um agente importante de mudança em outra frente de atuação, em sintonia com os aspectos e critérios ESG (práticas ambientais, de responsabilidade social e de governança): a subscrição de riscos. A afirmação foi feita pela diretora da Susep, Jessica Bastos, em entrevista para a Revista Plurale. Segundo ela, ao realizarem tal procedimento, as empresas do setor exercem um ‘importante papel” para o desenvolvimento da economia. “Ao incluir critérios ESG nesse processo, as seguradoras consideram os impactos ambientais e sociais das empresas e projetos que estão segurando e usam esses fatores para precificar um risco ou mesmo para rejeitá-lo, promovendo e incentivando a responsabilidade dos diversos setores da economia”, avalia Jessica Bastos.

A diretora da Susep acrescenta que sensibilização, esclarecimento e entendimento sobre a importância das agendas ambiental, social e de governança são atitudes e posturas que podem gerar impactos positivos para o seguro nos seus relacionamentos dentro da sociedade contemporânea. “O setor de seguros pode agregar ainda atividades de educação e conscientização, engajando o público em geral sobre questões ESG, destacando a importância da sustentabilidade e incentivando a adoção de comportamentos responsáveis!, pontua Jessica Bastos.

Ela destaca ainda a importância de as empresas do setor divulgarem e apresentarem informações transparentes sobre suas práticas ESG, como políticas, desempenho e impacto.

A diretora da Susep lembra que mudanças de paradigma e momentos de transição, “como é o caso da transformação ecológica”, costumam implicar aumento de riscos.

Nesse contexto, Jessica Bastos sugere que o setor de seguros crie produtos inovadores centrados em tecnologia para suprir processos produtivos que promovam a sustentabilidade em áreas emergentes como energias renováveis, construções verdes e veículos elétricos, por exemplo.

Na visão dela, a oferta de seguros para esses segmentos é uma forma de oferecer coberturas para “novos riscos” e de incentivar o investimento na inovação tecnológica, uma das forças motoras da Agenda ESG.

Fuente: Fenacor

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