Com 32 anos de trajetória no mercado de seguros, Márcio Batistuti, diretor comercial da MAG Seguros, aposta na combinação entre tecnologia e desenvolvimento de corretores especialistas para enfrentar o maior desafio do setor: fazer o seguro de vida chegar à população brasileira
A MAG Seguros, que completou 190 anos de atuação em janeiro deste ano, segue em constante evolução. Como parte desse movimento de modernização, em maio, o Grupo MAG inaugurou sua Matriz São Paulo na região da Faria Lima, considerado o coração financeiro da cidade. Mais do que uma mudança de endereço, o movimento reflete uma transformação estratégica: ser uma companhia jovem, apesar dos quase dois séculos de história, significa combinar tradição com inovação, unindo tecnologia e olhar humano.
A aposta em tecnologia para criar uma jornada fluida para clientes e corretores, além de fomentar grupos de profissionais, tornou-se crítica para que as empresas possam restabelecer conexões, antecipar tendências, disseminar valores e criar um ambiente competitivo que vá além de preço baixo e promoções.
Segundo Márcio Batistuti, diretor comercial da MAG Seguros, essa nova fase traduz uma virada na cultura da companhia. “A venda, em si, cede espaço para uma abordagem mais relacional e consultiva, centrada na experiência do indivíduo, no entendimento das suas necessidades e na construção de vínculos de longo prazo. A tecnologia é uma aliada fundamental, mas são o olho no olho, o abraço e a empatia que constroem marcas fortes e duradouras”, afirma.
Nesse cenário cada vez mais digital, a humanização faz toda a diferença e exige momentos de confraternização, cursos especializados e de tendências de negócios e de macroeconômica, que afetam o andar do setor de seguros, principalmente de investimentos de longo prazo, que exigem confiança de ambos os lados.
Apesar da crescente conscientização sobre a importância do planejamento financeiro, a penetração do seguro de vida no Brasil ainda é baixa. Apenas 5% da população possui uma apólice minimamente adequada às suas necessidades, percentual distante dos cerca de 70% registrados nos Estados Unidos. “O papel do Grupo MAG é fomentar o importante papel do planejamento financeiro fazendo com que os brasileiros identifiquem no mercado de seguros uma forma de proteção econômica, financeira e até social. É essa a cultura que desejamos, cada vez mais, trazer à sociedade brasileira, independente da região ou classe econômica”, afirma Batistuti.
Dados recentes reforçam esse cenário. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da Fenaprevi mostra que 37% dos brasileiros esperam contar com o INSS como principal fonte de renda após se aposentar. Entre eles, 65% sequer sabem estimar qual será o valor do benefício que vão receber do governo. A pesquisa também revela um descompasso entre desejo e realidade: 54% desejam se aposentar antes dos 60 anos, mas apenas 29% acreditam que conseguirão. Além disso, 8% acreditam que nunca poderão se aposentar e 14% dizem que não querem parar de trabalhar.
Entre os motivos para não conseguir se planejar adequadamente, 45% citam dificuldades para sobrar dinheiro, 42% afirmam não gerar renda suficiente para guardar, e 35% apontam que despesas não previstas prejudicam o planejamento. “O maior desafio do seguro de vida é cultural. As pessoas estão acostumadas a apostar todas as fichas no INSS, que sabemos não ser suficiente na maioria dos casos”, reforça Batistuti.
Há mais de 25 anos, a MAG mantém um programa robusto de formação de corretores de vida e previdência em parceria com a Escola de Negócios e Seguros (ENS). A iniciativa é aberta ao mercado e não exige exclusividade. “Todos ganham quando temos mais corretores capacitados. A venda de seguro de vida precisa de técnica, sensibilidade e visão de proteção financeira”, explica Batistuti.
Somente em 2024, mais de 600 novos corretores foram formados, número que deve se repetir em 2025. O programa oferece treinamento teórico, vivências práticas, preparação para o exame obrigatório da Susep e acompanhamento de uma equipe de 30 gerentes especializados, que atuam diretamente no desenvolvimento dos profissionais. O índice de aprovação no exame chega a 89%, bem acima da média do mercado. “A MAG não apenas forma corretores, mas também apoia seus primeiros passos na carreira, oferecendo acompanhamento constante e suporte na geração de negócios”, afirma.
Inteligência Artificial a serviço do corretor
A MAG Seguros também aposta no uso de inteligência artificial (IA) como ferramenta de capacitação e apoio às vendas. A companhia desenvolveu um ambiente simulado onde o corretor treina a abordagem de vendas interagindo com uma IA que simula um cliente real. Essa IA aprende a rebater objeções, questionar propostas e criar cenários realistas de negociação.
“O corretor treina vendendo seguros para a IA. Isso permite que ele aprimore seu discurso, teste abordagens e se prepare melhor para o mercado real. E, mais do que isso, essa mesma IA estará disponível para apoiar o corretor no dia a dia, sugerindo argumentos, soluções e até perfis semelhantes de clientes”, explica Batistuti.
Mas o executivo faz um alerta: a IA só aprende e evolui quando alimentada por corretores capacitados. “A tecnologia sozinha não entrega valor. Ela precisa ser treinada com base na experiência do corretor, no entendimento das dores dos clientes e nas melhores práticas comerciais.”
Segundo Batistuti, o mercado de seguros de vida vive um momento de expansão no país, impulsionado pela maior conscientização da população e pela evolução dos produtos. “Hoje temos soluções mais sofisticadas, com coberturas de até R$ 100 milhões, fruto de acordos com resseguradoras, e produtos cada vez mais alinhados às necessidades de saúde, longevidade e proteção financeira das famílias”, ressalta.
Para ele, eventos como o MDRT (Million Dollar Round Table) se tornam cada vez mais relevantes, com um número crescente de corretores brasileiros participando. “O mercado percebeu que não dá mais para depender só do seguro empresarial. O seguro individual é uma oportunidade gigantesca e que cresce ano após ano.”
Ele destaca ainda que o seguro coletivo segue relevante, mas atende especialmente empresas que já oferecem o benefício. “O desafio está em romper essa barreira e levar o seguro para quem não tem acesso, seja por meio de parcerias, cooperativas, associações ou canais alternativos.”
Para isso, a MAG estruturou sua operação comercial em quatro verticais: parcerias financeiras (como XP, BTG, Safra entre outros), cooperativismo (Unicredi, Cresol, entre outros), mercado tradicional de corretores e fundos de pensão. Ao todo, são 38 unidades comerciais espalhadas pelo país, além de 600 colaboradores na equipe de vendas, que apoiam corretores e parceiros com treinamentos, ações comerciais e suporte no fechamento de negócios.
A seguradora conta hoje com cerca de 3 mil corretores ativos, que fazem ao menos uma venda de seguro de vida por mês, e mais de 12 mil corretores que recebem comissão de clientes que estão na carteira de clientes da MAG. “Somos, antes de tudo, uma grande empresa de vendas, que entende que o desenvolvimento dos nossos corretores e parceiros é o caminho para democratizar o seguro de vida no Brasil.”
O executivo acredita que a evolução do setor depende, sobretudo, de investir continuamente na formação de profissionais e na adoção de tecnologia. “Se quisermos aumentar a penetração do seguro de vida no Brasil, precisamos ter mais distribuidores, com mais tecnologia embarcada, fazendo a última milha de entrega para o cliente.”
Batistuti finaliza com uma mensagem direta: “Capacitação não é custo, é investimento. Quanto mais profissionais formarmos, mais famílias protegidas teremos. No fim das contas, quando a maré sobe, todos os barcos sobem juntos.”
Fuente: Sonho Seguro
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