Recentemente aterrissou no Brasil uma opção de seguro de automóvel bastante comum na Europa: a cobertura vinculada à CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Essa modalidade apresenta-se como uma alternativa viável para aqueles que fazem uso de diversos veículos, como carros alugados, autos por assinatura e veículos mais antigos, que geralmente tem o seguro recusado pelas companhias do setor. O seguro vinculado à CNH tem como objetivo proteger os motoristas contra danos materiais e corporais causados a terceiros.
Essa modalidade de seguro foi liberada para comercialização pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) em setembro de 2021. As companhias então estão livres para desenvolver produtos com coberturas para terceiros, assistência 24 horas e até coberturas principais como incêndio e roubo, associadas ao CPF do motorista, indiferentemente do veículo que esteja dirigindo. Apesar dessa liberação, Marcelo Sebastião, presidente da comissão de seguro auto da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), admite que ainda não viu nenhum produto dessa natureza disponível para contratação.
O Início do Seguro Vinculado à CNH no Brasil
O mercado brasileiro de seguro vinculado à CNH ainda está em fase inicial. Em 2021, a norte-americana Argo Seguros, atualmente denominada Akad Seguros, lançou o produto no Brasil, mas o modelo ainda não conseguiu grande aderência. Agora, a empresa planeja relançar o produto com extensão de cobertura para cônjuges e filhos. Ivor Moreno, head de transportes da Akad, destaca que o seguro foi refinado, com aumento do valor de cobertura de R$ 150 mil para R$ 250 mil e a possibilidade de inclusão de um segundo motorista na apólice.
Qual a expectativa para essa nova modalidade de seguro com a CNH?
A Akad acredita que o mercado tem grande potencial de absorção para esse tipo de seguro, dadas algumas características do novo produto que está sendo lançado. Além do aumento da cobertura e da possibilidade de inclusão de outro condutor, o valor da apólice também chama a atenção, podendo democratizar o acesso à seguros para clientes que, eventualmente, não conseguem adquirir as modalidades tradicionais. Moreno ainda enfatiza que o produto oferece proteção ao motorista, independente do veículo que esteja conduzindo, cobrirando danos corporais, materiais e morais causados a terceiros.
Pelo lado do consumidor, a advogada Bianca Lobo, coordenadora jurídica de contencioso cível do escritório Nelson Wilians Advogados, alerta que o valor do seguro poderá sofrer variações dependendo do perfil do condutor, considerando aspectos como idade, estado civil, histórico de acidentes, tipo de veículo, local de moradia e trabalho, bem como a existência de uma garagem para o veículo.
Quem é o responsável pelos acidentes: o motorista ou o carro?
Moreno ressalta que, na proposta tradicional de seguro auto, existem basicamente dois tipos de cobertura: a de casco (danos ao veículo segurado) e a RC contra terceiros (danos a terceiros causados pelo veículo segurado). Ele questiona a atribuição da responsabilidade ao veículo, afirmando que “o veículo em si não causa dano nenhum, mas sim o condutor que está ao volante”. Nesse sentido, o seguro vinculado à CNH surge como uma solução que prioriza a segurança do motorista, pois cobrirá danos causados a terceiros pelo motorista, indiferentemente do veículo em uso.
A expectativa é que a popularização deste tipo de seguro torne as estradas brasileiras mais seguras e protegidas. Como é algo novo no mercado, ainda é necessário um período de adaptação e adaptação de estatísticas. No entanto, fica o convite para todos acompanharem as novidades atentos a esta inovação no mercado de seguros automotivos.
Fuente: BMC News
Enlace: https://bmcnews.com.br/2023/11/22/seguro-de-carro-vinculado-a-cnh-chega-ao-brasil-com-novidades/
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